Uma saga atual

 

Acabei de ler a saga Influencing de Daniel Hurst. 

Passada na atualidade, deixa-nos a pensar sobre o objetivo das redes sociais e até onde é uma pessoa capaz de ir para obter o sucesso no mundo digital. Como as nossas ações no mundo virtual podem interferir na vida real e como a ambição em querer sempre mais pode mudar vidas para sempre.

Ler... um novo vício!

Comecei a ler novamente. Não o fiz durante anos e do nada surgiu aquela vontade de o voltar a fazer. Tornou-se num vício... outra vez :)

Só mais um...

A Baby L. voltou a pregar-nos um valente susto. Depois de retiradas as amígdalas era de esperar que as coisas voltassem ao normal e não fosse preciso ver médicos por um longo período de tempo, no entanto não foi isso que aconteceu. Lá voltaram as febres e com elas a tosse, não estávamos alarmados mas depois de 4 semanas de uma tosse persistente acabamos por ligar ao médico. Resultado, teve de fazer teste à Covid-19. 

Como se não bastasse a incerteza e ansiedade em saber o resultado, ainda tivemos de contar à família. O caos completo... mas no dia seguinte lá chegou a chamada telefónica com o resultado negativo. Esta miúda dá cabo de nós...

Motivos...

Há dias em que temos uma certa vontade de fazer aquilo que não é habitual em nós. Há dias em que as coisas não correm bem e nos deitam abaixo... Trabalhar, por estes dias na área da saúde não é fácil e como se não bastasse toda a incerteza, todo o medo, ainda temos que levar com pessoas que desrespeitam aquilo que lhe é pedido e em vez de ficarem em casa ainda andam nas ruas, em convívio, e olham de lado quando nos vêem, pois estamos na rua também.

A estes às vezes gostava de dizer que nós temos de andar na rua por obrigação, porque foi a profissão que escolhemos abraçar, e porque alguém tem de estar lá, para os outros. Para eles, se precisarem também. Por isso, se virem alguém abatido, com ar exausto, totalmente desgastado, a andar na rua porque precisa de ir às compras depois de ter estado horas a trabalhar, não olhem de lado com ar superior e indignado por não estarmos em casa, (coisa que também não estão!).
Estamos na rua porque é preciso, não estamos na rua a fingir que passeamos o cão só para ficar a falar com os vizinhos, não estamos na rua a espairecer porque nos fartámos de estar em casa e resolvemos sair na esperança de que os outros fiquem e não encontremos ninguém. Estamos na rua para ir comprar os restos nas prateleiras dos supermercados, caso tenhamos sorte e ainda haja alguma coisa. Estamos na rua porque nos sacrificamos a cuidar dos outros, de pessoas que não conhecemos de lado nenhum e que não têm ideia nenhuma de quem somos, mas que dependem de nós... Há motivos diferentes para estar na rua, por isso pensem bem se nesta altura é realmente necessário estarem na rua. Nós agradecemos.

Vai Ficar Tudo Bem!

Quem achava que 2020 iria ser o ano da mudança não se enganou! Só não acertou foi nas razões da mudança. Se há exactamente um ano nos dissessem que estaríamos condicionados a ficar em casa, a uso de máscaras, a distanciamento social e a trabalho a partir de casa, provavelmente pensaríamos que estavam a delirar ou acabados de sair de um filme de ficção cientifica.

Pois bem, é verdade. É a nossa nova e dura realidade e lamentavelmente só temos que nos adaptar a ela. Não vai voltar tudo a ser como era, desengane-se quem pensa assim. Não vai ser daqui a semanas ou meses que tudo vai ficar bem. Vão ser precisos anos! E quem vai ver a diferença imediata do surto do novo coronavírus não somos nós mas sim a natureza, os animais, o nosso mundo! 

A nossa nova realidade deve-se somente a nós, humanos, que desde o início dos tempos brincámos de deuses. Pois bem, agora temos a prova de que não o somos e vem este surto só relembrar-nos da nossa vulnerabilidade. Mas nem tudo é mau... ficar fechados em casa, afastados de tudo e todos, vai fazer com que nos tornemos melhores pessoas, com outros valores e uma outra perspectiva em relação ao que temos e ao que somos. Afinal, vai tudo ficar bem... e melhor!